Lau Siqueira é um daqueles poetas incríveis, autor de Aos Predadores da Utopia, que costuma levar a sério o exercício da reflexão sobre a literatura contemporânea, o ato de escrever, criar. Vale a pena ler seu ensaio sobre a relevância dos blogs, no site Cronopios, adminisgtrado bpelo nosso querido Pipol.
http://www.cronopios.com.br/site/colunistas.asp?id=4886
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Lista de Títulos atualizada
Segue abaixo a lista de títulos do acervo Dulcinéia Catadora atualizada em janeiro de 2011. Em destaque, os lançamentos de 2010.
Ademir Assunção e outros-Tribêbada
Ademir Demarchi-Do Sereno que enche o Ganges
Alice Ruiz-Salada de Frutas
Alice Ruiz- Ná Ozetti e Neco Prates-Três linhas
Almandrade-Malabarismo das pedras
Altair Martins-Duas palavras
André Carneiro-Só dedos
Andréa Del Fuego-Nego fogo
Andréa Del Fuego e outros-Uma antologia bêbada 3 vol.
Antonio Miranda-São Fernando Beira-mar
Bárbara Lia e outros- H2Horas
Carlos P. Rosa-Sobre o nome dado
Carlos P. Rosa-Não sei não
Cristian de Napoli-Palitos e picolés
Daniel Faria-Matéria-prima
Douglas Diegues-Rocío
Douglas Diegues-Uma flor
Eliane Pougy-Poesiaminha, nada
Eunice Arruda-Olhar
Felipe Stefani-O corpo possível
Flávio V. Amoreira-Oceano cais
Frederico Barbosa-SigniCidade
Glauco Mattoso-A bicicleta reciclada
Glauco Mattoso-Delírios líricos
Guilherme Mansur-Barcolagem
Haroldo de Campos-O anjo esquerdo da poesia
Índigo-A Minhoca Eulália e outras histórias
João A. Carrascoza-Hora de ir
João Filho-Três sibilas
João Toloi-Canto das águas
Joca Reiners-Terron Transportunhol borracho
Jorge Mautner-Susi
Kátia B. de Melo Gerlach-Forrageiras de Jade
Kolombolo-Samba paulista
Lau Siqueira-Aos predadores da utopia
Lisette Lagnado-Rirkrit e Thomas,em obras
Luis Chaves-Anotações para uma cúmbia
Luís Serguilha-Korso
Maicknuclear-Meu doce valium starlight
Manoel de Barros Auto-retrato aos 90 anos
Marcelino Freire-Sertânias
Marcelo Ariel-Me enterrem com a minha AR 15
Marcelo Ariel-O céu no fundo do mar
Marco Aqueiva-Sói, outono, sou?
Margarida Botelho-João despenteado
Monique Revillion-Quatro quartos
Mario Papasquiaro-Respiração do labirinto
Plínio Marcos-Homens de papel
Pluresia, org. Lúcia Rosa
Poetas da Cooperifa-Sarau
Raimundo Carrero-O Paraíso de Pão e Manteiga
Renan A. Holanda-Minialturas
Ricardo Domeneck-Corpos e Palanques
Ricardo Zelarayán-O garfo
Ronaldo Bressane-Corpo porco alma lama
Sebastião Nicomedes-Cátia, Simone e outras marvadas
Tatiana Belinky-Estrelíssima
Tatiana Fraga-Brasa
Teruko Oda-Vento leste
Vera do Val-Os filhos do marimbondo
Victor Paes-Mas, para todos os efeitos, nada disso aconteceu
Whisner Fraga-O livro dos verbos
Wilson Bueno-Ilhas
Wilson Bueno-O gato peludo
Xico Sá-Tripa de cadela
Contato para vendas: dulcineia.catadora@gmail.com
Ademir Assunção e outros-Tribêbada
Ademir Demarchi-Do Sereno que enche o Ganges
Alice Ruiz-Salada de Frutas
Alice Ruiz- Ná Ozetti e Neco Prates-Três linhas
Almandrade-Malabarismo das pedras
Altair Martins-Duas palavras
André Carneiro-Só dedos
Andréa Del Fuego-Nego fogo
Andréa Del Fuego e outros-Uma antologia bêbada 3 vol.
Antonio Miranda-São Fernando Beira-mar
Bárbara Lia e outros- H2Horas
Carlos P. Rosa-Sobre o nome dado
Carlos P. Rosa-Não sei não
Cristian de Napoli-Palitos e picolés
Daniel Faria-Matéria-prima
Douglas Diegues-Rocío
Douglas Diegues-Uma flor
Eliane Pougy-Poesiaminha, nada
Eunice Arruda-Olhar
Felipe Stefani-O corpo possível
Flávio V. Amoreira-Oceano cais
Frederico Barbosa-SigniCidade
Glauco Mattoso-A bicicleta reciclada
Glauco Mattoso-Delírios líricos
Guilherme Mansur-Barcolagem
Haroldo de Campos-O anjo esquerdo da poesia
Índigo-A Minhoca Eulália e outras histórias
João A. Carrascoza-Hora de ir
João Filho-Três sibilas
João Toloi-Canto das águas
Joca Reiners-Terron Transportunhol borracho
Jorge Mautner-Susi
Kátia B. de Melo Gerlach-Forrageiras de Jade
Kolombolo-Samba paulista
Lau Siqueira-Aos predadores da utopia
Lisette Lagnado-Rirkrit e Thomas,em obras
Luis Chaves-Anotações para uma cúmbia
Luís Serguilha-Korso
Maicknuclear-Meu doce valium starlight
Manoel de Barros Auto-retrato aos 90 anos
Marcelino Freire-Sertânias
Marcelo Ariel-Me enterrem com a minha AR 15
Marcelo Ariel-O céu no fundo do mar
Marco Aqueiva-Sói, outono, sou?
Margarida Botelho-João despenteado
Monique Revillion-Quatro quartos
Mario Papasquiaro-Respiração do labirinto
Plínio Marcos-Homens de papel
Pluresia, org. Lúcia Rosa
Poetas da Cooperifa-Sarau
Raimundo Carrero-O Paraíso de Pão e Manteiga
Renan A. Holanda-Minialturas
Ricardo Domeneck-Corpos e Palanques
Ricardo Zelarayán-O garfo
Ronaldo Bressane-Corpo porco alma lama
Sebastião Nicomedes-Cátia, Simone e outras marvadas
Tatiana Belinky-Estrelíssima
Tatiana Fraga-Brasa
Teruko Oda-Vento leste
Vera do Val-Os filhos do marimbondo
Victor Paes-Mas, para todos os efeitos, nada disso aconteceu
Whisner Fraga-O livro dos verbos
Wilson Bueno-Ilhas
Wilson Bueno-O gato peludo
Xico Sá-Tripa de cadela
Contato para vendas: dulcineia.catadora@gmail.com
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
SORVETE & POESIA
Abro o ano com um poema gelado, mas bem doce e gostoso, de Guilherme Mansur:
SORVETE & POESIA
Sorvete é ouro gelado. Quem não gosta
de sorvete que ande pelado pela Paulista
ou diga o porquê desse doce não querer.
Sorvete parece uma gostosa escultura pop:
bola colorida sobre cone. Ao telefone,
conheço quem se atrapalhou – Alô!
O sorvete no ouvido. Duvida? Verdade!
Era um sorvete de brevidade e breve foi
a conversa – fria e fiada e toda melada.
De outra feita, vi namorado e namorada
no semáforo, a lamber os lábios entre um
e outro beijo, os olhos nos sinais, sem mais
nem menos, como se bolas de sorvete: verde
abacate, amarelo manga, vermelho morango.
Coisa de maluco. Maluco por sorvete. Ninguém
chupa sorvete com cara amarrada. Sorvete
para a bem amada, sorvete para o mal-amado.
Sorvete faz todo mundo feliz, ainda que por um
triz. E tem sorvete para todas as tribos:
de abacaxi para quem abaixa aqui; de caju
para o nome que não cabe aqui; de caqui
para continuar rimando com aqui; de limão
para quem diz não; exótico para o gótico;
de ameixa para quem se queixa; de jabuticaba
para quem se acaba; de chocolate para o cão
que late; de uva para a viúva; de hibisco
para o bispo; de bacuri para Rita Lee; de suspiro
para Biro Biro; de abil para abril; de sapoti
para ti; de baunilha para a família; de geleia
de Pandora para Dulcineia Catadora; de rapadura
para a ditadura; de alecrim para o arlequim; de
jambo para o tocador de banjo; de paçoca para
quem não toca; de não sei de quê para a banda
Cansei de Ser; sexy para as patricinhas; quente
para os pracinhas; de creme para Carla Caffé;
de tapioca para os índios na oca; de atalarico
para Márcia Larica; de amendoim
para os praticantes de do in; de taperebá
para o bebê e a babá; de pera para Peri;
de açaí para Ceci e para o saci… Enfim, tem
sorvete que chega; para você, para mim.
Já viu que sorvete é o único doce gelado
que a boca come até o cabo? Coisa
gostosa é morder uma crocante casquinha
até o fim. Doce mágica: lambidas e mordidas
e tudo desaparece diante dos próprios olhos.
Numa sorveteria, os olhos são maiores
que a barriga. E chupar sorvete
de olhos fechados? A esfera gelada que
a língua contorna sinuosa em lentos
movimentos circulares… Posso continuar
a escrever um monte de palavras geladas
para você sorver como a um sorvete. Mas
o poema já está gordo. Pena que sorvete
engorda. Concorda? Mas isso já é
uma outra história.
Guilherme Mansur
SORVETE & POESIA
Sorvete é ouro gelado. Quem não gosta
de sorvete que ande pelado pela Paulista
ou diga o porquê desse doce não querer.
Sorvete parece uma gostosa escultura pop:
bola colorida sobre cone. Ao telefone,
conheço quem se atrapalhou – Alô!
O sorvete no ouvido. Duvida? Verdade!
Era um sorvete de brevidade e breve foi
a conversa – fria e fiada e toda melada.
De outra feita, vi namorado e namorada
no semáforo, a lamber os lábios entre um
e outro beijo, os olhos nos sinais, sem mais
nem menos, como se bolas de sorvete: verde
abacate, amarelo manga, vermelho morango.
Coisa de maluco. Maluco por sorvete. Ninguém
chupa sorvete com cara amarrada. Sorvete
para a bem amada, sorvete para o mal-amado.
Sorvete faz todo mundo feliz, ainda que por um
triz. E tem sorvete para todas as tribos:
de abacaxi para quem abaixa aqui; de caju
para o nome que não cabe aqui; de caqui
para continuar rimando com aqui; de limão
para quem diz não; exótico para o gótico;
de ameixa para quem se queixa; de jabuticaba
para quem se acaba; de chocolate para o cão
que late; de uva para a viúva; de hibisco
para o bispo; de bacuri para Rita Lee; de suspiro
para Biro Biro; de abil para abril; de sapoti
para ti; de baunilha para a família; de geleia
de Pandora para Dulcineia Catadora; de rapadura
para a ditadura; de alecrim para o arlequim; de
jambo para o tocador de banjo; de paçoca para
quem não toca; de não sei de quê para a banda
Cansei de Ser; sexy para as patricinhas; quente
para os pracinhas; de creme para Carla Caffé;
de tapioca para os índios na oca; de atalarico
para Márcia Larica; de amendoim
para os praticantes de do in; de taperebá
para o bebê e a babá; de pera para Peri;
de açaí para Ceci e para o saci… Enfim, tem
sorvete que chega; para você, para mim.
Já viu que sorvete é o único doce gelado
que a boca come até o cabo? Coisa
gostosa é morder uma crocante casquinha
até o fim. Doce mágica: lambidas e mordidas
e tudo desaparece diante dos próprios olhos.
Numa sorveteria, os olhos são maiores
que a barriga. E chupar sorvete
de olhos fechados? A esfera gelada que
a língua contorna sinuosa em lentos
movimentos circulares… Posso continuar
a escrever um monte de palavras geladas
para você sorver como a um sorvete. Mas
o poema já está gordo. Pena que sorvete
engorda. Concorda? Mas isso já é
uma outra história.
Guilherme Mansur
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