Um dia na Mostra de Experiências
04 de dezembro de 2011
Daniel Castro, monitor do streaming, relata os projetos apresentados na Cinemateca neste 2o. dia de festival
Estivemos no Rio, o Festival de Cultura Digital foi incrível! Gente jovem apresentando ideias super legais que acabam nos alimentando e nos cutucando para pensarmos em transitar mais pela Cultura Digital.
Segue texto de DANIEL CASTRO sobre as apresentações na Cinemateca do MAM no segundo dia de Festival. Ficamos gratos por participar e felizes por conhecer tantos projetos interessantes de gente de todos os cantos do mundo.
Na cinemateca do MAM o dia foi majoritariamente das mulheres, foram elas que comandaram a maior parte das apresentações de experiências. Ao todo foram apresentados 22 projetos de 12 países diferentes.
O projeto Trans Europe Halles, da Holanda, se destaca como uma plataforma voltada para centros culturais de produção independente para que artistas, curadores, espectadores e interessados em geral entrem em contato entre si e troquem experiências.
Com seu aplicativo para Iphone, O Arte Fora do Museu, Felipe Lavignatti quer tornar mais acessível para o usuário as obras de arte que estão no meio da rua. A iniciativa inclui o grafite e todas as outras formas de street art, expressões artísticas de caráter mais permanente que as esculturas e instalações em geral, o que dificulta seu mapeamento. Mesmo assim, garante Felipe, o seu Iphone vai te avisar quando você estiver perto de um grafite interessante!
Simone Sá foi um dos retornos mais comentados do dia no Twitter. Seu projeto é nada menos do que um mapeamento sonoro do estado do Rio de Janeiro, buscando nos indivíduos os sons que estimulam a memória do espaço onde vivem.
Richard Vijgen, da Holanda, criou um site que simula um mapa com todo o conteúdo do extinto site Geocities. Nele o usuário pode navegar pelos arquivos e experimentar aquilo que o holandês definiu como uma identidade visual da internet no seu início. Uma autêntica arqueologia da internet, que mesmo tão recente, já tem muita história e revoluções pra contar.
O clímax do dia, entretanto foi Ricardo Ruiz que apresentou Cotidiano Sensitivo: Comunidades em Trânsito. Com muito bom humor, foi apresentado a intervenção urbana interativa que coleta dados ambientais em tempo-real e atua de forma a construir um ecosistema híbrido que reage com as intensidades do cotidiano urbano.
Katarzyna Molga, da França, também causou grande repercussão na rede com a apresentação do PROTEI. Um barco-robô auto-sustentável, que trabalha recolhendo a poluição de vazamentos de óleo. O projeto é desenvolvido com open hardware e open source, e outras modificações já estão sendo discutidas e implementadas por diferentes grupos no mundo.
O projeto Dulcineia Catadora é formado por artistas, catadores de material reciclável e suas famílias, grafiteiros e quem mais estiver interessado. Transformam papelão em livros que são pintados à mão. Ao contrário da produção industrial de livros, cada um dos exemplares produzido pelo projeto é um objeto único. Contando com a colaboração de artistas conhecidos e emergentes, o projeto mostra que um dos significados de tecnologia é trabalho manual e singularidade. E talvez seja o mais humano deles.
Segue texto de DANIEL CASTRO sobre as apresentações na Cinemateca do MAM no segundo dia de Festival. Ficamos gratos por participar e felizes por conhecer tantos projetos interessantes de gente de todos os cantos do mundo.
Na cinemateca do MAM o dia foi majoritariamente das mulheres, foram elas que comandaram a maior parte das apresentações de experiências. Ao todo foram apresentados 22 projetos de 12 países diferentes.
O projeto Trans Europe Halles, da Holanda, se destaca como uma plataforma voltada para centros culturais de produção independente para que artistas, curadores, espectadores e interessados em geral entrem em contato entre si e troquem experiências.
Com seu aplicativo para Iphone, O Arte Fora do Museu, Felipe Lavignatti quer tornar mais acessível para o usuário as obras de arte que estão no meio da rua. A iniciativa inclui o grafite e todas as outras formas de street art, expressões artísticas de caráter mais permanente que as esculturas e instalações em geral, o que dificulta seu mapeamento. Mesmo assim, garante Felipe, o seu Iphone vai te avisar quando você estiver perto de um grafite interessante!
Simone Sá foi um dos retornos mais comentados do dia no Twitter. Seu projeto é nada menos do que um mapeamento sonoro do estado do Rio de Janeiro, buscando nos indivíduos os sons que estimulam a memória do espaço onde vivem.
Richard Vijgen, da Holanda, criou um site que simula um mapa com todo o conteúdo do extinto site Geocities. Nele o usuário pode navegar pelos arquivos e experimentar aquilo que o holandês definiu como uma identidade visual da internet no seu início. Uma autêntica arqueologia da internet, que mesmo tão recente, já tem muita história e revoluções pra contar.
O clímax do dia, entretanto foi Ricardo Ruiz que apresentou Cotidiano Sensitivo: Comunidades em Trânsito. Com muito bom humor, foi apresentado a intervenção urbana interativa que coleta dados ambientais em tempo-real e atua de forma a construir um ecosistema híbrido que reage com as intensidades do cotidiano urbano.
Katarzyna Molga, da França, também causou grande repercussão na rede com a apresentação do PROTEI. Um barco-robô auto-sustentável, que trabalha recolhendo a poluição de vazamentos de óleo. O projeto é desenvolvido com open hardware e open source, e outras modificações já estão sendo discutidas e implementadas por diferentes grupos no mundo.
O projeto Dulcineia Catadora é formado por artistas, catadores de material reciclável e suas famílias, grafiteiros e quem mais estiver interessado. Transformam papelão em livros que são pintados à mão. Ao contrário da produção industrial de livros, cada um dos exemplares produzido pelo projeto é um objeto único. Contando com a colaboração de artistas conhecidos e emergentes, o projeto mostra que um dos significados de tecnologia é trabalho manual e singularidade. E talvez seja o mais humano deles.
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