sexta-feira, 4 de maio de 2012


Matéria escrita para o jornal A Verdade, Maputo

Surpresa boa ler a matéria, apesar de algumas informações improcedentes talvez em razão das circunstâncias em que a entrevista foi feita, em plena feira do livro. Mesmo assim, vale a pena ler.
Incluí fotos tiradas durante minha estada em Maputo, no lugar das colocadas pelo jornalista e tomei a liberdade de fazer mínimas correções, muito importantes para o coletivo.

Fica minha gratidão a Inocêncio, por registrar um momento tão precioso em minha vida.

Uma artista plástica catadora num país encantador Escrito por Inocêncio Albino Quinta, 03 Maio 2012 15:05

Nos dias que correm, a artista plástica brasileira, Lúcia Rosa, orgulha-se não somente devido à possibilidade que tem de difundir a literatura nos grupos sociais mais desfavorecidos mas, acima de tudo, por poder ajudá-los a melhorar a sua condição de vida. No seu país, onde existem mais de 30 mil catadores, Rosa dirige a editora cartonera Dulcineia Catadora. A iniciativa não pára de evoluir...

Na semana em que se realizou o Primeiro Encontro Africano do Livro de Cartão e a III Feira do Livro de Maputo, a artista plástica brasileira Lúcia Rosa participou em inúmeras oficinas de criação em Maputo. Na ocasião, ela teve a oportunidade de conhecer gente, lugares, formas de vida, entre outros aspectos concernentes ao “País da Marrabenta”. Na verdade, Lúcia Rosa visitou Moçambique – um país sobre o qual a história universal considera possuir um passado comum com Brasil, na medida em que a maior parte dos afro-brasileiros possuem um antepassado comum com diversos povos africanos como o angolano, por exemplo, o nigeriano e o moçambicano, por exemplo – em Abril passado. A artista veio em representação à Dulcinéia Catadora que é uma editora cartonera – ou seja, que produz livro artesanalmente e a partir de material reciclado como o papelão para produzir a capa – que foi fundada no ano 2007. Nos poucos dias em que permaneceu na Cidade das Acácias, a pintora passou a semana a realizar “várias oficinas de criação e produção de livros em diferentes locais da cidade de Maputo – com destaque para os grupos da Faculdade de Letras e Ciências Sociais (FLCS) e da Kutsemba Cartão – sobre as quais sentimos que foram muito produtivas”. De qualquer modo, vale a pena referir que o primeiro grupo de cartoneras não é brasileiro, como se poderia pensar. Mas surgiu no ano 2003 na Argentina. No mesmo período tal colectividade foi convidada para a Bienal de Arte de São Paulo – que é um grande evento artístico da América Latina – para realizar mostras da sua produção livresca. Em tal âmbito, tencionando-se fazer uma oficina-instalação com catadores (que de acordo com a explicação de Lúcia Rosa são pessoas que colectam material descartado nas ruas que pode ser utilizado na confecção do livro) de papel, os argentinos intercambiaram conhecimentos e saberes com o grupo brasileiro. A experiência ganhou popularidade na América Latina. Afinal, a partir de tal invento, a produção da Bienal de São Paulo entrou em contacto com Lúcia para que ela instalasse uma oficina de produção de livros envolvendo filhos de catadores. A referida instalação funcionou durante um período de dois meses consecutivos. Foram assim criadas condições para que se gerasse uma rotina de trabalho, de tal sorte que quando “os argentinos regressaram para o seu país, nós montámos uma estrutura constituída por jovens e adolescentes para produzir continuamente os livros”, refere Rosa.

Beneficiar o cidadão desfavorecido No Brasil, onde provavelmente existe a maior parte dos catadores, a comunidade dos produtores do livro de cartão aumenta continuamente. Por isso é difícil revelar o número exacto de catadores. Facto, porém, é que Lúcia Rosa revela que só na cidade de São Paulo “existem mais de 30 mil catadores que geralmente são constituídos por pessoas socialmente desfavorecidas e desempregadas que ocupam o seu tempo para realizarem a actividade aludida”. Os catadores brasileiros estão organizados num movimento associativo ao qual chamam Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis. O movimento articula cooperativas em todo o país para que os catadores possam trabalhar e gerar renda para as suas famílias de forma independente. Os cidadãos brasileiros mais desfavorecidos filiados no referido movimento têm realizado reivindicações perante o Governo do seu país, exigindo melhores condições de vida como, por exemplo, apoio em termos de residências, de acesso aos serviços de educação e de saúde. Por isso, está-se diante de um activismo social muito importante para os grupos socialmente desfavorecidos na América do sul. Um denominador comum no trabalho da produção do livro de cartão em todo o mundo é a intenção de “garantir que os mesmos sejam acessíveis ao povo”. Como tal, Lúcia Rosa considera “a acessibilidade dos livros é um conceito muito básico nas editoras cartoneras. Isso é muito importante porque possibilita que as famílias de catadores (também) possam aceder à literatura produzida naqueles moldes”.

Somos auto-sustentáveis
Além da fraca divulgação da iniciativa, sobretudo porque o Brasil é um país com uma larga extensão territorial, a artista plástica Lúcia Rosa considera que os catadores não enfrentam inúmeras dificuldades no seu trabalho. Até porque “nós propomo-nos ser um núcleo de trabalho auto-sustentável. É por isso que alguns se referem a nós, como uma economia criativa”. “Penso que a única dificuldade que temos é trabalhar no sentido de motivar, continuamente, a sociedade, o nosso grupo de interesse, para prestar mais atenção e aderir ao trabalho que temos feito”.

Moçambique
Naturalmente, como se podia prever, questionámos a artista que visitou o “País da Marrabenta” pela primeira vez em 2012 sobre as suas referências em relação ao país. No entanto, o que se percebeu é que, apesar de Moçambique possuir inúmeras figuras lendárias e notáveis no panorama artístico, desportivo, da literatura, do teatro, etc., as mesmas continuam pouco conhecidas no exterior. Aqui podemos citar os casos de Eusébio e Lurdes Mutola, no desporto, Marcelo Panguane, Ungulane Baka Khosa, Aldino Muianga, na literatura, Hortêncio Langa, José Mucavel, Zena Bacar, na música, Idasse Tembe, Roberto Chichorro, Noel Langa, Victor Sousa, nas artes visuais, por exemplo.

Por isso, apesar de ser verdade que a artista sentiu “muita proximidade entre mim e vários aspectos da cidade de Maputo, local que não difere da minha casa, sobretudo porque aqui encontro as raízes da minha origem e existência”, Lúcia Rosa teve que assumir como verdade que “não sei muito sobre Moçambique, por isso quando fui convidada pesquisei um pouco sobre o país”.
Refira-se então que foi igualmente no contexto da sua viagem a Maputo que a formação da sua irmã, Leila Hernandes, em História, bem como o facto de esta ter escrito um livro sobre a História de África (que se intitula África na Sala de Aula prefaciado pelo escritor moçambicano Mia Couto), lhe valeram a pena.

É que a artista tem algum domínio intelectual sobre o país. Mas o mesmo não trespassa muito a informação segundo a qual, “Moçambique, como todos os países africanos de expressão portuguesa, conquistou a sua independência há poucos anos, daí que ainda atravessa uma série de dificuldades sociais”, como considerou.

De facto, “além de Mia Couto que é um autor muito conhecido no Brasil, agora espero ler obras de José Craveirinha que também possui obras muito recomendadas no meu país por parte das pessoas que se dedicam à literatura africana”, diz.

Das similaridades aos encantos

Diante das similaridades que notou entre Maputo e diversas partes do Brasil, a artista plástica Lúcia Rosa não teve outra alternativa diferentes de assumir que “adorei estar em Maputo. De facto, Moçambique é um país irmão do Brasil porque, além da língua portuguesa que têm em comum – apesar das diferenças fónicas – os nossos povos têm as mesmas raízes ancestrais”. Na verdade, temos uma história que nos une. Basta recordar-se de que a maior parte da população negra brasileira tem origem em África para compreender o fenómeno. Como tal, “a gastronomia, os lugares (ruas entre outros espaços urbanos), a alegria dos povos, traduzem uma grande afinidade entre as duas nações”, reitera. De uma ou de outra forma, ela exalta a luta pela identidade cultural que os moçambicanos travam. “Está-se diante de um momento rico em que a literatura e as artes moçambicanas se estão a firmar no mundo”, considera.

Atenta aos objectivos

Colocando-se os encantos e as nostalgias à parte, o que se deve reconhecer como facto é que o Primeiro Encontro Africano de Livro de Cartão e a III Feira do Livro – contexto no qual se realizaram os feitos sobre os quais estamos a escrever – mostrou-se uma oportunidade ímpar para o incremento das cartoneras, uma iniciativa que pode ajudar muito nos países do terceiro mundo em vários aspectos da vida em sociedade. Foi por isso que Lúcia Rosa – uma figura que pelo facto de trabalhar com catadores não difere dos mesmos, o que, em certo sentido, dá-lhe algum orgulho – regressou para Brasil depois de estabelecer elos de trabalho com o país africano que encantou-lhe – Moçambique. Por isso, para si, existem condições objectivas para que os países onde existem editoras cartoneras o trabalho seja feito em rede. “Eu já deixei todos os meus títulos à disposição de Moçambique, de tal sorte que da nossa parte não há entrave nenhum. O trabalho em rede fortalece. O que é importante é que nos comuniquem sempre que publicarem obras de um autor nosso”.

sábado, 28 de abril de 2012


Matéria do jornal A Verdade, que circula em Maputo Juntos somos poucos para o trabalho que temos a fazer</b> Escrito por Inocêncio Albino Quarta, 25 Abril 2012 17:16 inShare
Nada nos garante que, no futuro, a nossa iniciativa (não) será considerada uma corrente de literatura, da mesma forma que não há garantia de que se a mesma for consolida não se denominará Movimento das Cartoneras, na América Latina, e/ou Editoras de Livro de Cartão, em África. O facto é que, nos nossos países, com dificuldades quase semelhantes, as Cartoneras impõem-se como um puro exercício de cidadania. O livro não é a capa é o miolo... Foi quase impossível visitar a III Feira do Livro de Maputo, recentemente, realizada na capital e sair sem adquirir um livro. É saudável comprar livros. Mas ler é muito melhor. É, como se diz na Bíblia, “o conhecimento da verdade é a condição primordial para o alcance da liberdade”. E nós, como quaisquer outros cidadãos, comprámos alguns livros. Na verdade, a maior parte dos mesmos é constituída pelos produzidos artesanalmente com base em material reciclado, o papelão. São acessíveis. Em relação aos de carácter científico-académico, apenas um: “Organizações – Estrutura, Processos e Resultados” é o título. No entanto, apesar da suposta promoção, os livros continuam caros e, por conseguinte, inacessíveis a muitos estudantes. O título de que falámos foi adquirido por 750 meticais, com um desconto de 10 porcento. Mas há outros cujos preços chegam a beirar o salário mínimo da maior parte dos moçambicanos. Por isso, assustadores. De uma ou de outra forma, quando nos referimos à emergência de uma nova corrente literária, nos tempos actuais, que irá imortalizar a nossa geração com um feito de louvar – o exercício da cidadania – pode-se dar o caso de, presentemente, não haver argumentos suficientes para a sua fundamentação, sob o ponto de vista temático. Talvez seria uma espécie de corrente das correntes. Multitemática.Ou, simplesmente, Movimento Literário das Cartoneras ou do Livro de Cartão, conforme o acima referido. O referido movimento não congrega apenas escritores. Envolve artistas plásticos, cidadãos comuns, na produção do conhecimento. É que, além de multiplicar o saber já existente e, difundi-lo por toda a terra habitada – sem tencionar ser exagerado na expressão –, a acção das editoras cartoneras ajuda a melhorar a condição social dos segmentos sociais desfavorecidos; promove o acesso a todo o tipo de conhecimento a baixo custo; cria condições para que novos escritores que, provavelmente, nas editoras convencionais não teriam a possibilidade de publicar os seus livros, o façam. Mais importante ainda, promovem a interacção social, o debate dos problemas que apoquentam o Homem contemporâneo. Isso é cidadania. É por essa razão que, na Feira do Livro de Maputo, os referidos livros se mostraram ser uma das maiores atracções. Crescer constantemente @Verdade conversou com José dos Remédios, coordenador das oficinas de criação e produção de livro de cartão ao nível da Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane (FLCS/UEM) e Paulo Gwambe da Kutsemba Cartão e mentor do Projecto Ler é Nice. Mas antes vale a apensa referir que em Maputo existem três editoras de livro de cartão, a Kutsemba Cartão, a FLCS que deriva da primeira e a Aldeia da Literatura com sede no bairro suburbano de Laulane. A Kutsemba Cartão foi criada no ano 2010 sob a direcção de Luís Madureira, com a finalidade de promover a literatura a baixo custo em Moçambique. Desde então, os dirigentes da Kutsema não somente se preocuparam em garantir a sua consolidação como também em expandir a ideia de promover a literatura para novos pontos da cidade de Maputo. Nesse contexto, um dos locais alcançados com êxito foi a Faculdade de Letras e Ciências Sociais, por meio da realização de oficinas de criação em que pessoas ligadas àquela organização explicaram aos estudantes os mecanismos e vantagens da produção de manuais em moldes artesanais. Numa fase posterior à partida de Luís Madureira para os Estados Unidos da América, onde trabalha como docente universitário, os estudantes pensaram na melhor forma de capitalizar os ensinamentos de que beneficiaram para repercutir a iniciativa ao nível da universidade. Foram, assim, criadas as bases para o nascimento da FLCS, como mais uma editora de livro de cartão em Maputo. Em menos de um ano da sua existência, a editora já publicou três títulos: “Diversidades no Beco da Palavras”, “Babalaze – a outra imagem da verdade” e “Pampa – a luta e o saber”. De acordo com o debate a que assistimos ao qual se associaram organizações do género de outros países como, por exemplo, a Editora Dulcineia Catadora (do Brasil) e a Meninas Cartoneras (da Espanha), os mentores já pensam em trabalhar em rede nos três países. Geramos impacto “Não somos e nem estamos preocupados em ser uma editora convencional. Como tal, não estamos registados em nenhuma instituição. Facto é que fazemos o nosso trabalho de edição e publicação de livros da mesma forma que as editoras comuns o fazem”, considera José dos Remédios que acrescenta que “é este activismo que nos interessa, sobretudo porque gera impacto na medida que nos permite alguma assunção de que somos funcionais”. “A única diferença que existe entre nós e as chamadas editoras convencionais é que quando se refere a nós, ao substantivo editora se deve acrescentar o qualificativo cartão”. Ou seja, “somos editoras do livro de cartão”. Mais importante ainda é que como resultado do trabalho que se realiza – edição, publicação e promoção de autores novos e jovens – “granjeamos o reconhecimento da sociedade. Somos um meio alternativo para a aquisição de conhecimento e informação”. Vontade de desenvolver Infelizmente, nos países africanos, uma das razões que pode justificar a pobreza dos povos é o baixo nível de conhecimento. Moçambique é um dos casos. A par disso, o nosso interlocutor considera que o número de leitores em Moçambique é muito reduzido. A situação é motivada pelo oneroso e difícil acesso ao livro, além de outros factores sociais. Mas é preciso reconhecer também que no reduzido número de leitores, os moçambicanos se debatem com o problema da acessibilidade de manuais que é, essencialmente, explicado pelo seu elevado custo. Dos Remédios prefere interpretar o fenómeno nos seguintes termos: “No nosso país, os livros não são comerciados a preços razoáveis e, de certa forma, esta realidade inibe que as pessoas adquiram e se apropriem de manuais, sobretudo porque se sabe que é fundamental ter livros em casa, da mesma forma que é importante que a sociedade tenha e não deve prescindir dos serviços bibliotecários”. Se as bibliotecas funcionam com base em horários fixos e restritos, os seus serviços tornam-se insuficientes para quem quer realizar trabalhos que se apoiam na consulta de livros. É neste contextos que o livro de cartão aparece como alternativa para superar os entraves que se instalam diante do leitor. Afinal, com base nesta iniciativa os livros são vendidos a preços acessíveis. Por exemplo, na Feira do Livro de Maputo, os preços de livros de cartão variaram entre 50 e 100 meticais. Alargar o espaço de acção Por todas as razões que mencionámos, os activistas das editoras cartoneras reiteram a necessidade de se alargar mais o seu espaço de acção, de maneira que mais organizações do género possam surgir possibilitando o acesso ao livro – a preços acessíveis – e à prática da leitura por parte de mais cidadãos. Está-se diante de um caso para comungar da opinião segundo a qual “sentimos que todos somos poucos para fazer trabalhos bons. E nós, a Kutsemba Cartão, a FLCS e a Aldeia da Literatura, estamos em número muito reduzido”, como considera o Director do Centro de Artes Dramáticas, Paulo Gwambe que acrescenta que “concluímos que estamos num bom caminho. Mas é necessário que tenhamos mais iniciativas do género para que se possa popularizar o livro de cartão. Ele revela-se uma alternativa segura e sustentável para promover o acesso ao livro”. Livros ao encontro de leitores Uma outra iniciativa impactante na sociedade é a protagonizada pela Acção Integrada para o Desenvolvimento – AIDGLOBAL. Na província de Gaza, esta organização fomenta a leitura de diversas formas, uma das quais, facilitando o acesso ao livro. A referida organização participou na Feira do Livro de Maputo com um stand móvel – na verdade uma carrinha cheia de livros – em que os leitores podiam trocar exemplares. Para o efeito, bastava que trouxessem um livro qualquer. Acredita-se que a iniciativa, bem divulgada e promovida, pode reverter em resultados positivos. Pretende-se que a carroça contendo livros circule em zonas residenciais para que, trocando os manuais, os cidadãos beneficiem de outros títulos e géneros literários que, com o seu dinheiro, provavelmente não comprariam.

quarta-feira, 25 de abril de 2012


Moçambique: mais notícias do Primeiro Encontro de Livros de Cartão, Maputo
Quem quiser saber sobre o evento, só visitar www.encontrolivrocartaomaputo.blogspot.com.br que traz uma síntese clara dos dias cheios de atividades. Beatriz, de Meninas Cartoneras, e eu, representando Dulcinéia Catadora, estivemos com o grupo da FLCS, jovens animados e interessados que estão publicando livros de novos escritores. Também participamos da feira do livro em Maputo. Levamos cem livros.
Não aguentei e acabei arranjando uma bandeira. Afinal, eram livros do Brasil, do grupo brasileiro Dulcineia Catadora.
Oficinas também foram dadas no Instituto Camões. E a minha coincidiu com o dia do lançamento de Mia Couto, em sala contígua. Livros de papelão para ele!!!

domingo, 15 de abril de 2012

Em Maputo

O centro de Maputo é um mercado, com tudo o que se pode imaginar. Frutas, verduras, balas, capulanas, bijouterias, água... enfim, local ideal para livros com capas de papelão.

Nos preparativos para a exposição, Luis me pediu uma foto. Um Kutsemba simpático, envolvido, animado.

terça-feira, 10 de abril de 2012

CONCREROTICOS

O livro está lindo!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Kutsemba cartão: promessa africana


Estarei lá, representando Dulcinéia Catadora, muuuuitas oficinas e muito o que aprender.

sábado, 31 de março de 2012

Festival do Baixo Centro



Dulcinéia Catadora participou hoje do Festival do Baixo Centro. Montamos mesa na Praça Marechal Deodoro, Sampa, de sol, a praça como lugar de encontro, trocas, criação, poesia.


Pessoas em situação de rua que ficam pelas redondezas se aproximaram e acabaram ficando por lá, entre pinturas, papo e poesia.
Leo (http://www.networkedblogs.com/blog/salamalandro) e Carlos se alternaram no megafone, falando poemas. Peri tocou e cantou algumas composições com ArrudA, entre elas D. Quixote, xote bom.... Dani filmou e Ana D'Angelo se empolgou na oficina.
Bom unir forças e ter a colaboração de tanta gente boa.




Quem sabe um dia tenhamos uma praça Marechal sempre cheia, com música, atividades para todos, e não apenas em uma única ocasião anual.
valeu!