domingo, 24 de maio de 2009

Dulcinéia + Rosas+ Junho




RECICLAGEM E DULCINÉIA CATADORA NA CASA DAS ROSAS
Em junho, mês do meio ambiente, a Casa das Rosas abrigará o projeto Dulcinéia Catadora, coletivo que edita livros com capas de papelão e conta com a participação de artistas, catadores e de filhos de catadores, e escritores. Além disso, a programação conta com discussões sobre a reciclagem de conceitos, promovendo palestras sobre a nova ortografia e as novas escolas literárias.


O coletivo Dulcinéia Catadora, que iniciou suas atividades em fevereiro de 2007, acredita no papel social e político da arte. Suas ações abrangem três frentes: artística, social e cultural. Visa à valorização dos catadores, à inclusão social, procura abrir novas possibilidades de atividades profissionais, além de desenvolver o potencial artístico dos participantes. Ressalte-se que, antes de gerar renda, essas atividades no atelier promovem a auto-estima, a troca de experiências, geram o prazer de criar. Participam também das oficinas adolescentes em situação de risco, morando em abrigos de menores e pessoas com problemas mentais. Vários são os escritores que colaboram na seleção de textos e/ou na divulgação do coletivo, como Glauco Mattoso, Marcelino Freire, Joca Reiners Terron, Carlos Rosa, Xico Sá e Douglas Diegues.


Dulcinéia Catadora integra a rede de selos cartoneros na América Latina: além do Eloísa na Argentina, existe um núcleo no Peru, o Sarita Cartonera, o Yerba Mala na Bolívia, Yiyi Jambo no Paraguai, Animita no Chile, La Cartonera no México. Esses projetos-irmãos possibilitam a divulgação dos novos autores por toda a América Latina, trabalhando na contramão do mercado editorial, abrindo seus próprios caminhos paralelos na história da literatura latino-americana.


Quinta-feira, dia 18 de junho19 horas
Mesa de discussão: Literatura e práticas de ação cultural, com Ademir Demarchi, escritor e editor da Revista Babel; Marcelino Freire, escritor e Carlos Rosa, escritor e colaborador do coletivo Dulcinéia Catadora.
20h30Homenagem a André Carneiro e Tatiana Belinky e lançamento de Brasa, de Tatiana Fraga e Sóis, Outono, Sou?, de Marco Aqueiva


Quinta-feira, dia 25 de junho19 horas
Mesa de discussão: Arte e práticas de ação cultural, com Cristina Freire, professora e curadora do MAC-USP; Monica Nador, artista plástica fundadora do Jamac e Lúcia Rosa, representando o coletivo Dulcinéia Catadora.
20h30Lançamentos dos livros da série DUO: Felipe Stefani, O Corpo Possível, Wilson Bueno, O Gato Peludo e o Rato de Sobretudo e Renan Andrade Holanda, Minialturas


Quinta-feira, dia 02 de julho19 horas
Apresentação dos autores colaboradores do Dulcinéia (leitura dramática). Todos os autores e amigos que colaboram com o Dulcinéia estão convidados a se apresentar.
20h30Lançamento de O Céu no Fundo do Mar, de Marcelo Ariel e Samba, do grupo Kolombolo. O grupo Kolombolo fará uma breve apresentação, tocando sambas compostos pela ala dos compositores.


ATIVIDADES AOS SÁBADOS, DAS 14 às 16h30
Dia 13 de junho Hai-kai, com Alice Ruiz A poeta, que tem Salada de Frutas editado pelo Dulcinéia Catadora, fará uma apresentação sobre noções básicas de hai-kai.
Dia 20 de junho Fanzine, com Sylvio Ayala A oficina oferecida pelo jornalista, educador, poeta e artista plástico trabalha as facetas da imprensa livre, na criação direta de uma publicação simples e personalizada, a fanatical magazine, ou revista de fãs, ou zine. Nome, formato, ideologia, elementos gráficos e jornalísticos, em um laboratório prático de onde saímos com produção editorial própria.
Dia 27 de junho Conto, com Marcelo Maluf Oficina de criação literária com enfoque no imaginário fantástico e na literatura infanto-juvenil. Os participantes montarão seu próprio livro com capa de papelão.
ATIVIDADES AOS DOMINGOS, DAS 11 ÀS 12h30Dias 07, 14, 21 e 28 de junho Oficina de pintura de capas e montagem de livros com integrantes do coletivo Dulcinéia Catadora.
Instalação com papelão Ao longo do mês, o coletivo montará uma instalação feita com papelão comprado de catadores. Restos dos recortes de capas se encaixam resultando em estrutura tridimensional, que se amolda ao espaço (interno), onde se inserem gradativamente objetos feitos com materiais recicláveis durante as oficinas ministradas em junho.
Oficina de reciclagem Poesia concreta com material reciclável, com Tatiana Fraga Sextas-feiras, dias 12, 19 e 26 de junho, das 15 às 17 horas“O poema concreto comunica a própria estrutura”. “O poema concreto é um objeto em e por si mesmo”. “Seu material: a palavra”. (Trechos do plano-piloto da poesia concreta, 1958 – http://www.poesiaconcreta.com.br/). As oficinas propõem uma brincadeira com a materialidade da palavra, a partir de exercícios plásticos com material reciclável.
A origem e a construção das palavras Oficina para crianças sobre a origem das palavras, com Ricardo da Cunha LimaDomingo, dia 14 de junho, às 17h30Durante a oficina vamos mostrar que as palavras, assim como os elementos da natureza, também têm um ciclo de vida, dependendo do ambiente em que circulam, podendo até passar por uma reciclagem. Muitas palavras da língua portuguesa têm origem antiga, vindo, às vezes, de outras línguas, e o uso do vocabulário é que determina a permanência ou desaparecimento de um termo. Assim, poderemos observar, com poemas para crianças, como as palavras desenvolvem o seu próprio meio-ambiente e como elas são recicladas pelos poetas e pelas pessoas.
PALESTRAS RECICLAGEM DA LINGUAGEM
A NOVA ORTOGRAFIA Palestra com professor Ataliba T. De CastilhoSexta-feira, dia 13 de junho, às 17 horasA palestra situa a ortografia no cotidiano brasileiro, com uma breve história das reformas ortográficas na língua portuguesa, mencionando os principais pontos que sofreram alteração no ano de 2008.
POESIA: PALAVRA IMPACTOPalestra com Frederico BarbosaSexta-feira, dia 27 de junho, às 20 horasO professor Frederico Barbosa abordará o fazer poético e os desafios de um poeta na busca pelos caminhos mais difíceis na composição de seus versos. “Entre outras coisas, fazer um poema é escrever usando todos os recursos imagináveis para causar o maior impacto possível no leitor. Compor um poema é controlar nos mínimos detalhes os efeitos que o texto vai provocar no leitor."
A RECICLAGEM DAS ESCOLAS LITERÁRIASAlgumas escolas literárias ganharam, em outras épocas, o prefixo neo ou pós. Isso não quer dizer que sejam melhores ou mais desenvolvidas que as originais, tampouco que passaram por uma simples reestruturação. Pelo contrário, muitas vezes são novos movimentos literários com conceitos e idéias diferentes. Sextas-feiras, dias 19 e 26 de junho. Das 19h30 às 21h30
O Modernismo e o Pós-modernismo, com Susanna BusatoA Ideia de "reciclagem" como "reflexão crítica" dos modos de representação da poesia, que surge no projeto de modernidade do modernismo brasileiro e como esse olhar cria uma consciência crítica da linguagem que vai inaugurar um projeto de "pós-modernidade", numa era pós-industrial.
O Futurismo e o Pós-futurismo, com Aurora Bernardini Nascimento, ideário, principais representantes e principais manifestos do Futurismo Italiano e do Cubo-Futurismo Russo. O pós-futurismo: Hermetismo e Construtivismo.
Data da temporada: De 02/06/09 a 30/06/09

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