sábado, 4 de julho de 2009

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E amigos também registraram esse último evento, enquanto eu apresentava Lucas, integrante do coletivo.
Aí está Flávio Viegas Amoreira, clicado por Paulo Pessoa, lendo "Pedro e Hipólito", livre leitura de Racine, de seu livro Oceano Cais, que empolgou a todos.
Um trecho para conferir:
a palavra é algo que se fez possibilidade de incerteza:
em transe duvidoso o poema ejacula para bendito fruto dum ventre dadivoso
linguagem prenhe. sustenho minha palavra: sou poeta
por ser Héracles ajudado por Atena: ser poeta é
sustentar o Céu com sabedoria: contém-se voraz
trombeteiro
tenho bóias ao meu duplo
experimento o naufrágio
somos dois a derivar
estremecemos ao cais natural
tenho saudade de ti noutro flanco da abóbada: mundo a nado
te alcanço na próxima falha morfológica: o Tempo voa
algo diz que não sei o que procuro
digresso: acolho-me nesse desvio
toda distância aparenta
somos rastro da Mãe-molécula. sou extinto: onde mar e terra abraço e campeio. trato a galope significados:
correndo dou fôlego aos cascos. se conheço somos luz ao estardalhaço. vou prá fora encontrar a necessidade
que não tem morada.
aninho e reparto: cada resposta é a perda de
qualquer jeito
não acolho
refaço."

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